terça-feira, 25 de agosto de 2009

Escolas particulares x Escolas públicas


Escolas particulares: professor é pago para fazer curso



Em colégios particulares, docentes são incentivados a melhorar a formação e salário pode passar dos R$ 4 mil.
Fonte: O Estado de São Paulo (07.06.2009)Simone Iwasso e Márcia Vieira .

Salários que podem passar dos R$ 4 mil, provas de seleção para iniciar a atividade e incentivo para participar de cursos de formação continuada fazem parte da realidade de professores que lecionam em escolas particulares de São Paulo e do Rio consideradas top.
Colégios privados que aparecem nos primeiros lugares no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos quais a mensalidade pode superar o investimento anual por aluno da escola pública, oferecem condições e orientação ao professor.
A situação é bem diferente da que ocorre na rede pública, onde quase um terço dos docentes nem terminou a faculdade e muitos não recebem o piso salarial estabelecido em lei.
Mas, assim como são mais valorizados, os professores das particulares convivem com uma cultura onde há cobrança de resultados. O trabalho é acompanhado de perto por supervisores e coordenadores que, ao perceberem problemas e dificuldades, interferem em busca de modificações. E a seleção para o emprego é feita com critérios rígidos, que incluem provas.
Em uma comparação, o ciclo de formação e condições dos professores é semelhante ao dos alunos: os que têm nível socioeconômico melhor e recebem estímulos acabam sendo mais bem formados e vão para as melhores escolas.
Com isso, o professor que recebeu uma formação precária, em uma faculdade pouco eficiente, acaba ficando com a opção de lecionar na rede pública.

DIFERENÇAS
No Colégio Pentágono, em São Paulo, por exemplo, o salário de um professor de ensino fundamental está em torno de R$ 4,5 mil. Os que lecionam para o ensino médio recebem cerca de R$ 7 mil. Já o professor da rede pública, em média, tem salário de R$ 1.335 mensais no País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007.
No Colégio Bandeirantes, segundo colocado no último Enem na capital paulista, os professores interessados em fazer mestrado ou doutorado em instituições privadas têm seus cursos pagos e seus horários adaptados.
"Estudar é a palavra de ordem para todos aqui, não só para os alunos", resume o diretor da escola, Mauro Aguiar.
No Colégio São Bento, do Rio, primeiro colocado no País no Enem, professores são convocados e pagos para assistirem palestras de especialistas em educação durante o ano.
"Antigamente, os candidatos a professor já tinham uma bagagem de conhecimento muito grande, trazida de casa, da sua base escolar. Isso mudou radicalmente hoje, mas a formação continua a mesma e sendo feita no mesmo período de tempo. Não seria necessário pelo menos aumentar este tempo?", questiona Edgar Flexa Ribeiro, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio.

Há 40 anos trabalhando em educação - sua família é dona do Colégio Andrews, fundado há 90 anos -, Flexa Ribeiro se preocupa principalmente com a mudança do perfil do professor. "Mudam as Leis de Diretrizes e Bases da educação no País e os professores continuam sendo formados do mesmo jeito. Isso é preocupante", afirma.
Nos últimos anos, tem sido registrado um desinteresse de alunos mais bem preparados em seguir a carreira de professor. Estudantes de famílias das classes C e D têm buscado cursos ligados às licenciaturas, atraídos pela possibilidade de estabilidade no emprego garantida pelo funcionalismo público.
Dados do Ministério da Educação mostram que, além da mudança no perfil, há uma queda geral no interesse pela profissão, provocada pela desvalorização da carreira do magistério. O que acaba gerando falta de docentes para diversas disciplinas, principalmente física, química e sociologia, por exemplo. Em 2007, último dado disponível, 70 mil brasileiros se formaram em cursos de licenciatura, o que representa 4,5% menos do que no ano anterior. De 2005 a 2006, a redução havia sido de 9,3%.


Observação: O Ensino Público está defasado devido a falta de recursos, se as escolas contassem com uma melhor infra-estrutura e materiais que auxiliassem o aprendizado, certamente a realidade seria diferente. As instituições particulares já se superam nessa questão, elas fornecem apostilas e cobram muito maus dos seus alunos. A falta de especialização dos professores é outra questão a se analisar, o corpo docente se limita ao curso de licenciatura e são poucos os profissionais que investem na formação. Para melhorar a situação, o governo deve bancar a qualificação dos professores, assim eles terão mais conhecimentos para transmitir aos estudantes. Os indicadores da educação apontam que o Brasil tem sérias dificuldades no Ensino e está longe de conseguir o nível de paises como a Finlândia, que possui o melhor sistema de educação de todo o mundo.






2 comentários:

  1. Eu acho que a escola pública só vai melhorar mesmo quando o professor for valorizado, as estruturas das escolas estiverem mais adequadas aos estilos dos jovens. Só para se ter uma idéia, os prédios das escolas públicas não tem nada de atrativo e dentro das salas de aulas só paredes, lousas feias, carteiras inadequadas e sem falar da sala superlotada, a qual chega a ter 45 a 48 alunos.

    Acorda senhores que se dizem responsáveis pela escola pública!!! Se numa sala de universidade os alunos conversam, imaginem em uma sala de aula com crianças e jovens. Nenhum educador consegue demonstrar que é competente.

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  2. Enquanto o Brasil for gerenciado por corruptos, a escola pública vai continuar sendo isso ai que todos veem, mas não se preocupam em melhorar. Alguns alunos como eu, até ficam protestando com a direção e professores, mas eles não tem culpa.
    Os ricos sabem que a escola pública tá horrivel, mas para eles isso pouca importa. Os políticos também sabem... O que eu penso? Se as escolas públicas ficarem com a qualidade educacional que existia até os anos 60, porque até esse período escola era privilégio de rico,então esses jovens com boa qualidade serão pessoas mais criticas e saberiam fazer uma análise social e politica nesse nosso Brasil...

    Eu quero estudar em uma escola de qualidade.

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