quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Razão e Proporção




Razão e Proporção

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente entre dois números.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que grandezas são proporcionais quando existe duas razões entre elas.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e proporção. Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre os ingredientes.
Atenção!

Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as mesmas.
Exemplos

A partir das grandezas A e temos


o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de razão centesimal,



Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).







Exercícios Resolvidos
1. Calcule a razão entre os números:
a) 120:20
b) 345:15
c) 121:11
d) 2040:40

Respostas
a) 6
b) 23
c) 11
d) 51












quinta-feira, 16 de março de 2017

Questões - Cinemática

Velocidade:
1. Um macaco que pula de galho em galho em um zoológico, demora 6 segundos para atravessar sua jaula, que mede 12 metros. Qual a velocidade média dele?
S=12m
t=6s


v=?
2. Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e 20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?
S=200km
t=4h
v=?



Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média não levamos isso em consideração.

3. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
  • Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?



  • Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?




4. Um bola de basebol é lançada com velocidade igual a 108m/s, e leva 0,6 segundo para chegar ao rebatedor. Supondo que a bola se desloque com velocidade constante. Qual a distância entre o arremessador e o rebatedor?
Se isolarmos o S:








5. Durante uma corrida de 100 metros rasos, um competidor se desloca com velocidade média de 5m/s. Quanto tempo ele demora para completar o percurso?
Se isolarmos t:











Movimento Uniforme:
1. Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

Comparando com a função padrão:
  




(a) Posição inicial= 20m
(b) Velocidade= 5m/s

(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m

(d) S= 20+5.8
S= 60m





(e) 80= 20+5t
80-20=5t
60=5t
12s =t

(f) 20= 20+5t
20-20= 5t
t=0

2. Em um trecho de declive de 10km, a velocidade máxima permitida é de 70km/h. Suponha que um carro inicie este trecho com velocidade igual a máxima permitida, ao mesmo tempo em que uma bicicleta o faz com velocidade igual a 30km/h. Qual a distância entre o carro e a bicicleta quando o carro completar o trajeto?
  • Carro:
S=10km
v=70km/h
t=?
S=70t
10=70t
0,14h=t
t=8,57min (usando regra de três simples)
  • Bicicleta
O tempo usado para o cálculo da distância alcançada pela bicicleta, é o tempo em que o carro chegou ao final do trajeto: 
t=0,14h
v=30km/h
t=0,14h
S=?
S=0+30.(0,14)
S=4,28Km



quinta-feira, 2 de março de 2017

PESSOAS SIMPÁTICAS



Já reparou com certeza no fato de existirem pessoas mais simpáticas do que outras. Existem certamente à sua volta exemplos de pessoas afáveis, com as quais ocorreu a empatia de forma quase automática, do mesmo modo que existem pessoas que, sem nunca o terem propriamente maltratado, o fazem dizer "Não vou com a cara dele (a)". Já parou para pensar no que distingue estas pessoas? E, já agora, em que categoria se encaixa o leitor?

Considera-se uma pessoa simpática?

Não me refiro à imagem que as pessoas próximas têm de si, mas a uma análise mais objetiva e global.

Condicionados pela excesso de pressa e dos deveres do dia-a-dia, são poucas as vezes em que paramos para pensar no nosso próprio comportamento, nos gestos mais simples, na forma como diariamente lidamos com os outros. Limitamo-nos a reclamar a ausência de um sorriso do funcionário que nos atendeu na repartição pública ou a queixar-nos da rudeza do empregado do restaurante, sem que nos demos ao trabalho de olhar para a nossa própria linguagem não verbal.

Afinal, quantos de nós poderíamos afirmar com segurança que somos pessoas simpáticas? E por que é importante sermos simpáticos?

Definitivamente, ser simpático é mais do que um sinal de boa educação e respeito pelos outros. É também um sinal de inteligência emocional, da capacidade para nos descentrarmos de nós mesmos e de competências sociais que nos permitem criar laços. Lembre-se da última vez em que alguém o surpreendeu com um cumprimento ou um gesto de simpatia. Como é que se sentiu? E o que é que sentiu em relação à pessoa em causa? Que importância teve aquele pequeno gesto? Agora reflita no sentido inverso - lembre-se da última vez em que foi genuinamente simpático com alguém. Como é que se sentiu? O que observou no comportamento do seu interlocutor? Que importância teve o seu pequeno gesto?

Ser simpático pode passar por cumprimentar os colegas com um sorriso verdadeiro, tocar no braço de alguém que tropeça à sua frente e perguntar se está tudo bem, responder ao apelo de um familiar em vez de encolher os ombros... seja qual for o gesto, o resultado é quase sempre o mesmo: quando somos simpáticos criamos bem-estar e segurança a quem está do outro lado. Simultaneamente, sentimo-nos melhor conosco, mais seguros, mais confiantes, como se o fato de agradar conscientemente aos outros fosse uma forma de gratificação. Mas a verdadeira gratificação advém do sentimento de propriedade que se cria, nomeadamente entre pessoas que se cruzam diariamente, seja em contexto familiar, seja em contexto profissional. Quando somos simpáticos e criamos a tal segurança nos outros, permitimos que essas pessoas baixem a guarda e se sintam à vontade para se revelar. Por outro lado, criamos uma espécie de reserva afetiva que permite que quem está à nossa volta seja genericamente mais tolerante com as nossas falhas, em vez de assumir respostas impulsivas, reativas e agressivas.

Para avaliar/ treinar a sua simpatia siga alguns passos:
- Lembre-se da última vez em que alguém se mostrou preocupado consigo, com o seu bem-estar.
- Lembre-se de um momento em que alguém tenha sido simpático consigo.
- Lembre-se de um momento em que tenha sido simpático com outra pessoa.
- Tente visualizar a postura, os gestos, os movimentos e a expressão facial de uma pessoa que você conhece e que é, aos seus olhos, genuinamente simpática.
- Relaxe o seu corpo, sorria e estabeleça contato visual com quem está à sua volta.
- Seja autêntico.
Ser simpático para alguém não significa ser amigo dessa pessoa, nem sequer concordar com tudo o que ela diz ou faz. Mas faz toda a diferença quando substitui a atitude irritável, o ar zangado e a indisponibilidade que tantas vezes levamos para o trabalho.

Quando, pelo contrário, cada um dá o seu melhor no sentido de mostrar atenção, disponibilidade, simpatia e carinho aqui e ali, as transformações são encantadoras. Experimente!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O sono das crianças

Para algumas crianças dormir nem sempre é uma atividade rápida e sim um verdadeiro ritual. Muitas vezes os pais precisam fazer malabarismos para conseguir que seus pequeninos possam ter uma boa noite de descanso.
Maria Eduarda

O sono é essencial para as nossas vidas. Em média, o sono ocorre uma vez a cada período de 24 horas e, na vida humana, o tempo é inversamente proporcional, já que à medida que envelhecemos tendemos a dormir menos. Bebês podem chegar a dormir 18 horas por dia enquanto a média de um idoso é entre 5 a 7 horas de sono diário. Além disso, enquanto nossa consciência descansa, a incrível máquina do corpo humano trabalha na liberação de substancias em nosso corpo que nos permite uma verdadeira reorganização.
Aos cincos anos de idade uma criança dorme, em média, 11 horas por noite e a frequência das sonecas durante o dia tende a diminuir, até porque nessa fase a criança já possui forte influência social. E como bem citou Vygostsky em seus estudos, a sociedade é fator determinante em nossas vidas. O nosso corpo tende a se moldar em relação ao que a sociedade exige. Basta lembrar que crianças com 5 anos de idade já estão inseridas no contexto educacional e, aos poucos, o horário que ela poderia tirar uma breve soneca é substituído por novas atividades.
Em muitas culturas ocorre uma variância em relação ao horário de dormir. Por exemplo, na comunidade Guisi no Quênia as crianças não possuem um horário fixo para dormir e elas têm permissão de participarem das atividades dos pais até que seu corpo sinta a necessidade desse repouso, que nomeamos como sono. Já nos povos Hare canadense não permitem que as crianças de três anos tenham um momento para a soneca, porém são postas para dormir logo após o jantar (Broude, 1995). A nossa sociedade influi até mesmo na nossa rotina orgânica, já que o nosso sono, ou melhor, nosso relógio biológico tende a se adequar às exigências e permissões do meio em qual estamos inseridos.
O horário de ir para a cama para algumas crianças pode culminar em um comportamento de ansiedade, até porque, como citou Piaget em seus estudos, a formação da inteligência humana é um processo, ou seja, passa por estágios e cada uma de nossas habilidades cognitivas segue uma linha cronológica para se maturar. 
O pensamento de uma criança de 2 anos de idade é diferente de uma criança com 6 anos de idade, já que ambas estão em estágios diferentes. Dependendo da idade, no pensamento dela o fato de não estar ao lado de um dos progenitores (pais), ou o fato de seus progenitores estarem afastados de seu campo de visão passa a sensação de que esses progenitores simplesmente sumiram e que não voltarão mais a existir. Porém, com o tempo, a criança estabelece uma relação de confiança. 
Goldberg, em seus estudos, nos demonstra que a relação de confiança é uma construção contínua. A partir do momento que a criança entende que o fato de não estar vendo os progenitores não significa que eles a abandonaram, ela começa a tornar-se mais independente nas atividades e começa a dormir sozinha. Da mesma forma, ficar na escola torna-se mais fácil tanto para criança quanto para os pais. Diante dessa situação, devemos ter conhecimento que a criança, mesmo com pouca idade, já possui inteligência e perspicácia. Por isso, criam verdadeiras rotinas para evitar atividades que a afastem de seus progenitores ou pessoas com as quais elas tenham afetividade.
Os pais devem mostrar aos seus filhos que dormir pode ser algo divertido e também fundamental. Criar uma rotina como, por exemplo, estipular um horário para ela começar a se organizar para dormir até que venha a culminar no momento de sono é ideal. Cada pai poderá adotar uma atividade especifica para esse momento. Alguns preferem cantar uma música, ou ler uma breve estória infantil, enfim, cada família irá se adequar de acordo com o que a criança gosta.
Outro fato importante é permitir que a criança durma com o objeto com o qual sinta afetividade, seja uma pelúcia, um pequeno paninho. Enfim, cada criança deposita afetividade em um objeto específico e, se a criança demonstra vontade de dormir com esse objeto, deve-se permitir, contanto que o mesmo não ofereça riscos de sufocamento ou de machucar durante o sono. Isso ameniza a ansiedade do pequeno, além de ser um atalho para o aumento da confiança, pois devido à afetividade que sente pelo objeto ele desenvolverá uma sensação de segurança, aumentando o conforto e a tranquilidade tanto dele quanto dos pais.
Dicas para criar uma rotina de sono:
1- Permitir que a criança brinque, faça suas atividades, enfim, gaste energia, até porque a criança precisa disso para estabelecer relações maiores e fortificar sua interação social. A própria ‘brincadeira’ contribui para o desempenho da motricidade da criança e, além de ser um lazer, também é uma oportunidade de estabelecer o conhecimento de si e do espaço no qual habita.
2- Cuidado com a alimentação. Alguns alimentos são estimulantes e outros são inapropriados para o consumo a noite, já que promovem uma digestão mais lenta.
3- Use a higiene como aliada. Quando tomamos banho antes de dormir, a água funciona como um regulador de temperatura, preparando o corpo para entrar em relaxamento. Dessa forma, diminui a agitação e promove um momento de tranquilidade tanto físico quanto mental. A temperatura da água deve ser a que agrada a criança.
4- Estabeleça um diálogo, pois além de ser uma contribuição para a interação de seu filho, irá contribuir para que ele se habitue. Por exemplo, use esse diálogo como ponto de referência, pois com o tempo a criança perceberá que após esse diálogo é hora de dormir. 
5- Use a leitura ou a canção de ninar como ‘amiga do soninho’. Busque contar uma estória que seja calma, sem muitas aventuras e que tranquilizem a emoção dessa criança, pois o momento que antecede o sono deve ser relaxante e essas atividades não podem estimular a agitação da criança.
6-  Estabeleça um horário e não permita que a criança durma apenas quando sentir vontade. Por exemplo, às vinte horas é hora de estar escovando os dentes. Esse horário deve ser uma integração entre pai e filho, pois a criança precisa da companhia dos pais, pois dessa forma, além de estabelecer laços afetivos, também estabelecerá laços de confiança. Esse horário de dormir deve ser ajustável a rotina da família.
7- Cuidado com a iluminação. O quarto deve estar na penumbra, pois se estiver totalmente escuro a criança pode se sentir insegura e se estiver totalmente iluminado prejudicará o descanso que sucederá o momento do sono.
8- Use roupas confortáveis. Deve-se ter atenção com a temperatura do ambiente para colocar uma roupa que esteja de acordo com essa necessidade climática. 
9- Estimule a afetividade permitindo seu filho dormir com uma pelúcia, paninho ou algum objeto que ele tenha apego.
10-  Permaneça perto de seu filho até que ele durma, pois isso ajuda na relação de confiança e no desenvolvimento cognitivo. Crianças até os três ou quatro anos de idade (não é uma regra, pois cada criança é única e possui um desenvolvimento diferenciado), em sua mente, acreditam que o fato de não ver os pais significa que eles ‘deixaram de existir’. Os pais devem fazer com que a criança perceba que mesmo eles não estando próximo ao campo de visão dessa criança, ainda assim eles a amam e que não vai abandoná-la.
11-  Ame seu filho, pois essa é a principal dica para um desenvolvimento pleno e saudável em toda criança, independentemente da idade.