domingo, 7 de março de 2010

Respostas para algumas afirmações muito comuns sobre a greve




“Só paro se todos pararem.”

Se você parar, professor, não apenas estará lutando pelo que considera justo, mas também estará ajudando a convencer outros professores a parar.

“Só vou aderir se toda a minha escola aderir”

É difícil greve com 100% de adesão, mas o movimento será tanto mais eficaz quanto mais professores aderirem. Faça a sua parte e ajude a ampliar a adesão à greve, na sua e nas demais escolas de sua cidade/região.

"A greve é política”

Esta afirmação soa estranha, vinda de professores, uma categoria profissional que deve saber que tudo é política.

Paulo Freire dizia que não existe neutralidade na educação. A própria posição de neutralidade é, na verdade, uma posição política diante da realidade.

O temor de que a greve seja “política” pode demonstrar, na verdade, a despolitização da nossa categoria e isto não é bom.

Isto não significa posição partidária ou eleitoral, mas estamos assumindo uma posição diante de um governo que está nos massacrando, que não tem política salarial e está arrebentando com a educação pública no estado de São Paulo.

“Não vou aderir porque vou ter desconto dos dias parados”

É verdade, o desconto pode ocorrer, mas a greve é uma posição de luta em torno de reivindicações justas. Lembre-se da greve de 2000. Houve desconto dos dias parados, mas, hoje, temos a Gratificação de Trabalho Educacional, fruto daquela greve, incorporada ao salário base.O desconto dos dias parados na greve é uma característica de governo autoritário. Por isto, está incluído como um dos pontos da pauta da própria greve o não desconto destes dias."O governo vai convocar eventuais para ministrar as aulas durante a greve”

Não podemos evitar que o governo tome esta providência, mas podemos e devemos apelar à consciência de todos os professores, inclusive eventuais, para que não façam o jogo do governo, pois a vitória da greve beneficiará todos os professores e a escola pública.

“Não tenho certeza se a greve vai dar certo”

Somente com luta podemos obter conquistas. A situação atual está boa? Você, professor, tem materiais didático-pedagógicos para trabalhar? As suas condições de trabalho são adequadas? Você está sendo respeitado e valorizado? Você está contente com o seu salário? Ele lhe permite sobreviver, sendo que um bom salário deve permitir, no mínimo, uma vida digna? Você não acha que tem motivos suficientes para aderir à greve?

AJUDE A FAZER A NOSSA GREVE VITORIOSA

Participe dos comandos de greve. Procure a sua subsede.

Leia com atenção os materiais da APEOESP sobre a greve – visite o site da APEOESP (www.apeoesp.org.br )Converse pacientemente com seus colegas. Não desrespeite os professores que têm dúvidas ou não querem aderir à greve neste momento.

Não tenha receio de afirmar que o governo pode nos dar reajuste salarial. O governo tem dinheiro em caixa. Temos números consistentes que demonstram isto.

Converse com seus alunos, vizinhos parentes. Precisamos do apoio de toda a sociedade.

Ajude a convocar todos os professores para as assembleias e atividades da greve

EIXOS DA GREVE

Por reajuste salarial imediato de 34,3%

Pela incorporação das gratificações e extensão aos aposentados

Por um plano de carreira justo

Pela garantia de emprego

Contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito)

Pela revogação das leis 1093 (provão),1097 (avaliação de mérito)

Pela revogação da lei 1041 (faltas médicas)

Concurso público de caráter classificatório

Contra a municipalização do ensino

Contra reformas que prejudiquem a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio

DIREITO DE GREVE

Artigo 37, inciso VII da Constituição Federal

O Supremo Tribunal Federal afirma que, na ausência de lei específica para o funcionalismo público, vale a lei de greve da iniciativa privada, com pequenas modificações.
 
Fonte: Apeoesp-blog da presidenta

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