Quem ouviu de olhos fechados o noticiário da Globo sobre a violência policial contra os professores paulistas, ficou com a impressão que os professores seriam desordeiros que provocaram o conflito.
Quem viu de olhos abertos percebeu que a narrativa não correspondia à sequência de imagens. Um grupo pequeno de manifestantes tomou o caminho de acesso ao Palácio dos Bandeirantes. Havia uma barreira policial que os impedia de prosseguir. Como o grupo era pequeno, houvessem policiais experientes em negociação, não haveria conflito.
Mas o que se vê no vídeo são os policiais recebendo os manifestantes, não com diálogo, mas com spray de pimenta. Só depois dos manifestantes (jovens, aparentemente estudantes) serem agredidos com spray de pimenta, é que revidaram jogando objetos. A reação da polícia foi o uso da força desproporcional à necessidade, transformando uma manifestação pacífica em uma praça de guerra.
A Globo contou a versão oficial da Polícia, para agradar o ditador José Serra. Mas não ouviu o outro lado. O presidente da UNE estava lá, e conta no vídeo o que testemunhou, insatisfeito com o desfecho violento:
A versão da globo pode ser vista nesse vídeo:
Se o cidadão que socorre a policial carregando-a nos braços não é professor, então que seja um policial. Mas por que um policial a paisana numa manifestação de professor?
ResponderExcluirTambém conhecido como Serviço Reservado ou Velado, os policiais da P2 têm basicamente duas funções. Uma é levantar em campo informações para que o comando planeje ações policiais, como a prisão de criminosos, apreensão de drogas ou desocupação de uma área. Dessa forma, policiais à paisana sempre vão antes ao local para colher dados. A partir do relatório da P2, o comando planeja quantos policiais participarão da operação, qual o melhor horário para empreendê-la, quais equipamentos serão utilizados, entre outras decisões que farão com que a ocorrência seja executada com o mínimo de imprevistos.
ABAIXO A REPRESSÃO, PROFESSOR NÃO É LADRÃO