Quem ouviu de olhos fechados o noticiário da Globo sobre a violência policial contra os professores paulistas, ficou com a impressão que os professores seriam desordeiros que provocaram o conflito.
Quem viu de olhos abertos percebeu que a narrativa não correspondia à sequência de imagens. Um grupo pequeno de manifestantes tomou o caminho de acesso ao Palácio dos Bandeirantes. Havia uma barreira policial que os impedia de prosseguir. Como o grupo era pequeno, houvessem policiais experientes em negociação, não haveria conflito.
Mas o que se vê no vídeo são os policiais recebendo os manifestantes, não com diálogo, mas com spray de pimenta. Só depois dos manifestantes (jovens, aparentemente estudantes) serem agredidos com spray de pimenta, é que revidaram jogando objetos. A reação da polícia foi o uso da força desproporcional à necessidade, transformando uma manifestação pacífica em uma praça de guerra.
A Globo contou a versão oficial da Polícia, para agradar o ditador José Serra. Mas não ouviu o outro lado. O presidente da UNE estava lá, e conta no vídeo o que testemunhou, insatisfeito com o desfecho violento:
A versão da globo pode ser vista nesse vídeo:
sábado, 27 de março de 2010
Datafolha quer tirar campanha de Serra da UTI, mas pesquisa expontânea desmente.
Na nova pesquisa Datafolha, Serra teria tido uma "recuperação" (subindo de 32 para 36%), enquanto Dilma teria "estabilizado" (oscilando de 28% para 27%). Isso na pesquisa estimulada, quando mostra uma cartela redonda com os nomes dos candidatos para escolha.
Mas a pesquisa espontânea, quando nenhum nome de candidato é citado, e o pesquisado apenas é perguntado em quem votaria para presidente nas próximas eleições, Dilma subiu para 12% (tinha 8% em dezembro e 10% em fevereiro) enquanto Serra ficou nos mesmos 8%, o mesmo percentual de dezembro.
Há algum claro problema de metodologia nesta PE$QUI$A.
Segundo o Datafolha, Serra teria uma inacreditável e meteórica subida na Região Sul, enquanto Dilma teria caído. Justamente na região Sul, onde há os maiores desgastes com escândalos de corrupção, seja com a candidatura de Yeda Crusius (PSDB/RS), seja com a posse de Leonel Pavan (PSDB/SC) subindo de vice para governador, em meio às investigações da Polícia Federal por cobrança de propina de empresa privada de petróleo.
O Datafolha também jura que os mais pobres (os eleitores que ganham até dois salários mínimos) tornaram-se entusiastas eleitores de Serra, e não de Dilma, a candidata de Lula.
Por fim afirma que Serra estaria causando "frisson" no eleitorado feminino. Só faltou a Folha demo-tucana jurar que meninas adolescentes colam fotos de Serra dentro de coraçõezinhos em seus diários, ao lado de fotos de Brad Pitt.
Como se vê, é difícil acreditar que não haja algo de errado nesta pesquisa, ainda mais com base nas explicações acima.
Mas tanto faz, como tanto fez, o que diz o Datafolha. Pouco importam os números diante do que tem a ser feito, que é sempre a mesma coisa. A campanha de Dilma precisa ser feita todo dia como se ela tivesse começando lá de baixo. Nada de salto alto, e nada de relaxar.
Essa campanha que virá será uma guerra de informações pela verdade contra a mentira. As "bases" de Serra são o PIG, incluindo suas pesquisas, o poder econômico, os banqueiros nacionais e estrangeiros, o coronelismo político falido e o coronelismo eletrônico ainda com um pouco de poder.
É contra essas forças que teremos que lutar dia a dia, palmo a palmo, e cada um prepare seu espírito para matar um leão por dia, porque será assim, e não adianta reclamar. Adianta lutar, porque a realidade brasileira ainda é o que é, com um conservadorismo demo-tucano corrupto, que junta o que há de pior no capital nacional com o capital estrangeiro, capaz de fazer qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, para colocar as mãos de volta nos cofres públicos e nas riquezas nacionas, como do pré-sal, da Amazônia verde e da nossa Amazonia Azul, da riqueza do suor do trabalho do nosso povo.
Essa realidade só muda pela nossa luta transformadora. A eleição da Dilma será mais uma conquista suada, depois das duas primeiras vitórias de Lula.
Fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/
Mas a pesquisa espontânea, quando nenhum nome de candidato é citado, e o pesquisado apenas é perguntado em quem votaria para presidente nas próximas eleições, Dilma subiu para 12% (tinha 8% em dezembro e 10% em fevereiro) enquanto Serra ficou nos mesmos 8%, o mesmo percentual de dezembro.
Há algum claro problema de metodologia nesta PE$QUI$A.
Segundo o Datafolha, Serra teria uma inacreditável e meteórica subida na Região Sul, enquanto Dilma teria caído. Justamente na região Sul, onde há os maiores desgastes com escândalos de corrupção, seja com a candidatura de Yeda Crusius (PSDB/RS), seja com a posse de Leonel Pavan (PSDB/SC) subindo de vice para governador, em meio às investigações da Polícia Federal por cobrança de propina de empresa privada de petróleo.
O Datafolha também jura que os mais pobres (os eleitores que ganham até dois salários mínimos) tornaram-se entusiastas eleitores de Serra, e não de Dilma, a candidata de Lula.
Por fim afirma que Serra estaria causando "frisson" no eleitorado feminino. Só faltou a Folha demo-tucana jurar que meninas adolescentes colam fotos de Serra dentro de coraçõezinhos em seus diários, ao lado de fotos de Brad Pitt.
Como se vê, é difícil acreditar que não haja algo de errado nesta pesquisa, ainda mais com base nas explicações acima.
Mas tanto faz, como tanto fez, o que diz o Datafolha. Pouco importam os números diante do que tem a ser feito, que é sempre a mesma coisa. A campanha de Dilma precisa ser feita todo dia como se ela tivesse começando lá de baixo. Nada de salto alto, e nada de relaxar.
Essa campanha que virá será uma guerra de informações pela verdade contra a mentira. As "bases" de Serra são o PIG, incluindo suas pesquisas, o poder econômico, os banqueiros nacionais e estrangeiros, o coronelismo político falido e o coronelismo eletrônico ainda com um pouco de poder.
É contra essas forças que teremos que lutar dia a dia, palmo a palmo, e cada um prepare seu espírito para matar um leão por dia, porque será assim, e não adianta reclamar. Adianta lutar, porque a realidade brasileira ainda é o que é, com um conservadorismo demo-tucano corrupto, que junta o que há de pior no capital nacional com o capital estrangeiro, capaz de fazer qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, para colocar as mãos de volta nos cofres públicos e nas riquezas nacionas, como do pré-sal, da Amazônia verde e da nossa Amazonia Azul, da riqueza do suor do trabalho do nosso povo.
Essa realidade só muda pela nossa luta transformadora. A eleição da Dilma será mais uma conquista suada, depois das duas primeiras vitórias de Lula.
Fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/
O mundo bizarro de José Serra
Muito ainda se falará dessa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, por tudo que ela significa e dignifica, apesar do imenso paradoxo que encerra. A insolvência moral da política paulista gerou esse instantâneo estupendo, repleto de um simbolismo extremamente caro à natureza humana, cheio de amor e dor. Este professor que carrega o PM ferido é um quadro da arte absurda em que se transformou um governo sustentado artificialmente pela mídia e por coronéis do capital. É um mural multifacetado de significados, tudo resumido numa imagem inesquecível eternizada por um fotojornalista num momento solitário de glória. Ao desprezar o movimento grevista dos professores, ao debochar dos movimentos sociais e autorizar sua polícia a descer o cacete no corpo docente, José Serra conseguiu produzir, ao mesmo tempo, uma obra prima fotográfica, uma elegia à solidariedade humana e uma peça de campanha para Dilma Rousseff.
Inesquecível, Serra, inesquecível.
Fonte: Brasília, eu vi
Blog de Leandro Fortes
Inesquecível, Serra, inesquecível.
Fonte: Brasília, eu vi
Blog de Leandro Fortes
sexta-feira, 19 de março de 2010
Sistemas de avaliação em países europeus
Alunos Finlandês
E então na famosa Finlândia??
"Neither teachers nor their teaching are evaluated in Finland as such. However, the principal is always the pedagogical leader of his/her educational institution, thus being responsible for both instruction and teaching staff. Most schools have a quality system, which includes annual development discussions. These discussions are organised to evaluate the achievement of the objectives set for the previous year and the teaching staff's objectives or needs for the following year."
Uma tradução às pressa:
Nem os professores nem o seu ensino são avaliados como tal na Finlândia. No entanto o diretor é sempre o responsável pedagógico da sua instituição, sendo, por conseguinte, responsável pela instrução e pelo corpo docente. A maioria das escolas têm um sistema de qualidade que inclui discussões anuais tendo em vista o aperfeiçoamento. Estas discussões são organizadas para avaliar os objetivos estabelecidos para o ano anterior e os objetivos do corpo docente ou necessidades para o ano seguinte.
Se assim for, parece-me um sistema burocraticamente baseado, sobretudo, na responsabilidade. Parece-me também uma avaliação centrada na escola e no seu aperfeiçoamento e não uma avaliação punitiva bloqueante da carreira dos professores.
Para saber mais sobre os sistemas educativos europeus ver o site www.eurydice.org
Haverá outra profissão que seja avaliada diariamente como a nossa? Pelos alunos e respectivos pais?
O otimista e o negativista - os dois maiores jornais do país.
Enquanto uns mostram fatos, outros brigam com a verdade
12 março 2010 Os jornais de hoje merecem uma comparação. E nem é necessário fazer uma procura muito grande. Basta comparar os dois maiores jornais do país que já é suficiente para ver como é possível tratar de formas diferentes o mesmo assunto. A capa da Folha de S.Paulo diz “Brasil teve o pior PIB em 17 anos”. A do Estado de S.Paulo, “PIB cai 0,2% em 2009, mas já cresce como antes da crise”. A primeira é negativa, e só. A segunda começa com a informação ruim, mas recupera, fechando com uma conotação positiva, que se sobrepõe. E olha que o Estadão é um jornal conhecidamente conservador.
O link do título da Folha no site, mas com o conteúdo do jornal impresso, conduz a um texto diferente. Ou seja, a própria Folha já reconhece, em suas páginas internas, que a coisa não é bem assim. A notícia é de que “Economia se recupera no final de 2009″. A ideia é oposta à que a manchete passa. Porque aí ela é contextualizada. O PIB não é mais simplesmente um resultado negativo do governo, mas consequência de um contexto econômico internacional, já se recuperando no final do ano. Há até um texto intitulado “Sob Lula, país cresceu mais que nos anos FHC”. Tudo muda.
Esse contexto já é dado por Estadão no olho da matéria, presente tanto na capa do jornal impresso quanto na chamada do site, que aparece ao lado da imagem da capa nos sites de ambos os jornais, junto com algumas chamadas para as matérias mais importantes.
Já fiz comentários semelhantes antes, mas diante da persistência dos jornais em fazer sempre a mesma coisa, vou também ser insistente: quando a informação é dada descontextualizada, quando se valoriza um aspecto que não dá a dimensão verdadeira do fato, é como mentir para o leitor. Ao priorizar a informação de que o PIB teve o pior resultado em 17 anos, Folha priva o leitor de saber que o dado principal é que ele já está se recuperando. O jornal omite.
Seria irônico, se não fosse um triste atentado aos princípios éticos do jornalismo. Mino Carta chama esse valor de “fidelidade canina aos fatos”. Outro jornalista que sabe das coisas diria que o Estadão não briga com a verdade. Folha não sabe o que é isso.
Fonte: Jornalismo B
12 março 2010 Os jornais de hoje merecem uma comparação. E nem é necessário fazer uma procura muito grande. Basta comparar os dois maiores jornais do país que já é suficiente para ver como é possível tratar de formas diferentes o mesmo assunto. A capa da Folha de S.Paulo diz “Brasil teve o pior PIB em 17 anos”. A do Estado de S.Paulo, “PIB cai 0,2% em 2009, mas já cresce como antes da crise”. A primeira é negativa, e só. A segunda começa com a informação ruim, mas recupera, fechando com uma conotação positiva, que se sobrepõe. E olha que o Estadão é um jornal conhecidamente conservador.
O link do título da Folha no site, mas com o conteúdo do jornal impresso, conduz a um texto diferente. Ou seja, a própria Folha já reconhece, em suas páginas internas, que a coisa não é bem assim. A notícia é de que “Economia se recupera no final de 2009″. A ideia é oposta à que a manchete passa. Porque aí ela é contextualizada. O PIB não é mais simplesmente um resultado negativo do governo, mas consequência de um contexto econômico internacional, já se recuperando no final do ano. Há até um texto intitulado “Sob Lula, país cresceu mais que nos anos FHC”. Tudo muda.
Esse contexto já é dado por Estadão no olho da matéria, presente tanto na capa do jornal impresso quanto na chamada do site, que aparece ao lado da imagem da capa nos sites de ambos os jornais, junto com algumas chamadas para as matérias mais importantes.
Já fiz comentários semelhantes antes, mas diante da persistência dos jornais em fazer sempre a mesma coisa, vou também ser insistente: quando a informação é dada descontextualizada, quando se valoriza um aspecto que não dá a dimensão verdadeira do fato, é como mentir para o leitor. Ao priorizar a informação de que o PIB teve o pior resultado em 17 anos, Folha priva o leitor de saber que o dado principal é que ele já está se recuperando. O jornal omite.
Seria irônico, se não fosse um triste atentado aos princípios éticos do jornalismo. Mino Carta chama esse valor de “fidelidade canina aos fatos”. Outro jornalista que sabe das coisas diria que o Estadão não briga com a verdade. Folha não sabe o que é isso.
Fonte: Jornalismo B
quinta-feira, 18 de março de 2010
CNTE avalia positivamente o Dia de Paralisação Nacional
Audiência assegura apoio do MEC para a aplicação do piso do magistério
O Dia de Paralisação Nacional pela implantação do PSPN (16) foi marcado pela audiência da CNTE com o Ministro da Educação Fernando Haddad, visando o cumprimento da Lei 11.738 por todos os gestores públicos do país. A necessidade de um amplo entendimento institucional que garanta homogeneidade de interpretação sobre o valor e a fórmula de correção do PSPN foram os pontos de destaque da conversa.
Neste sentido, definiu-se a constituição de um grupo de trabalho encarregado em reformular o PLC 321/2009, o qual visa aperfeiçoar a forma de reajuste do Piso. Sobre este ponto, o próprio ministro concordou que não tem como manter o reajuste do PSPN exclusivamente pelo INPC, uma vez que impediria seu aumento real.
Outra frente de atuação do mencionado GT consistirá em estabelecer o valor nominal do Piso para 2010, na própria Lei, a fim de transpor as várias interpretações suscitadas a partir da decisão do STF e do Parecer da Advocacia Geral da União. A inconsistência legal sobre este assunto contribui para a desqualificação da posição dos trabalhadores – que consideram o valor atual em R$ 1.312,85 – e serve de alegação para os gestores não cumprirem a Lei. A estratégia de forçar um pronunciamento do Congresso sobre o valor do PSPN também é importante para deslocar o debate da esfera judicial, demasiadamente demorada e imprevisível como no caso da ADI 4.167.
"Para não ficar na dependência do julgamento do STF que ainda não tem data para acontecer, vamos voltar ao Congresso Nacional para que o Parlamento resolva as divergências do valor do Piso - que a CNTE entende ser de R$ 1.312,00 - e assegure mecanismos de reajuste em que os professores tenham ganho real acima da inflação", afirma o presidente da CNTE, Roberto Leão.
Embora a CNTE não disponha de informações consolidadas das redes municipais, são nesses locais que as maiores dificuldades em relação ao Piso se dão. No entanto, foi possível realizar um estudo que mostra o panorama de instituição do Piso nas redes estaduais de educação básica (para ter acesso ao estudo na íntegra clique aqui).
CNTE busca interlocução no Congresso
Logo após a audiência com o ministro da Educação, a CNTE reuniu-se com o senador Cristovam Buarque, relator do PLC 321, que, de pronto, aceitou a proposta de trabalhar conjuntamente os temas acordados com o MEC. O próximo passo, agora, é construir consensos sobre o valor e a forma de reajuste para vigência ainda no primeiro semestre de 2010. A CNTE obteve garantia tanto do MEC quanto do relator do PLC 321 de que os esforços políticos seguirão à risca esse primeiro acordo, razão pela qual daremos sequência às negociações, e tão logo tenhamos novidades, convocaremos a categoria para engrossar a luta.
Trabalhadores em educação reivindicam proteção à saúde
O outro assunto da pauta do dia foi a necessidade de a campanha de vacinação contra o vírus H1N1 priorizar os trabalhadores em educação, em função da elevada exposição de suas atividades profissionais. O ministro Haddad mostrou-se sensível à reivindicação e se comprometeu em apresentá-la ao Ministério da Saúde.
Paralisação
Segundo presidente da CNTE, a paralisação nacional pelo piso foi positiva. Na Bahia e no Rio Grande do Norte, por exemplo, o índice atingiu 100% nas redes estaduais e municipais. “Isso mostra que os trabalhadores em educação estão dispostos a lutar para fazer valer o seu direito”.
Também participaram do Dia Nacional de Luta pelo Piso os seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Distrito Federal. O Acre parou as atividades no dia 11 de março e o Pará vai paralisar no próximo dia 31.
(Fonte: CNTE - 16/03/10)
quarta-feira, 17 de março de 2010
Greve dos professores paulistas
Os professores da rede estadual de São Paulo continuam em greve. A paralisação teve início na segunda-feira (8) e, segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), continua sendo ampliada. "O movimento de greve não é automático e está recebendo adesões aos poucos", diz o sindicato por meio da assessoria.
"A partir de amanhã 13/03, a paralisação representará 100%", disse uma professora que preferiu não se identificar. Segundo ela, na escola em que trabalha, a Oscar Thompson (zona sul da capital), os professores estão fazendo revezamento. "Uns vêm um dia, os outros vêm no outro. Nossa paralisação é gradual, é o começo do movimento", afirmou.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que apenas 1% dos professores da rede estadual está em greve e voltou a reiterar que "as escolas estaduais funcionam normalmente".
Ainda de acordo com a nota, os grevistas terão desconto salarial relativo à faltas e vão perder o bônus por resultados e o programa de valorização de metas.
"O governo está dizendo que não existe greve, mas nesta escola há", contou outro professor que preferiu não se identificar. Na escola em que leciona, a Caetano de Campos (zona sul da capital), os corredores estavam vazios e apenas quatro professoras, de um total aproximado de 80, estavam dando aula. "Eles dizem que estamos reclamando de barriga cheia, mas só nós sabemos das nossas necessidades", disse.
Na Escola Oscar Thompson, as professoras fizeram outras reivindicações, além do aumento de 34,3% pedido pelo sindicato. Elas pedem a incorporação das gratificações, a elaboração de um plano de carreiras e a realização de concurso público.
"A educação está no limite, não é apenas a falta de salário, é a falta de estrutura, de material didático para os alunos", disse uma das professoras.
Outra professora reclamou da postura do governo classificando-a como "propaganda enganosa". "Não existe isso que há dois professores na sala de aula."
Outro professor disse:
O vale refeição é de R$4,00 O valor da hora/aula é de R$7,20 Se o professor ficar doente some imediatamente cerca de 40 POR CENTO DO SEU SALÁRIO. Para todos os programas do governo o professor não pode ter faltas de nenhuma natureza, não pode faltar por doença, abonadas, licença médica ou premio, etc. Há salas de aula com 45 alunos. Não há funcionários suficientes nas escolas. As vantagens dos funcionários e professores demoram anos a serem pagas. Os alunos são as maiores vítimas dessa politica educacional adotadas por este governo que há mais de 20 anos comandam este estado. A imprensa critica a greve e só noticiam o fato do trânsito, mas eles gostariam que nos vissem em GREVÓDROMO OU PARALIZÓDROMO? Enfim a educação não é prioridade neste governo, a prioridade é com propagandas mentirosas e que são veiculadas pela mídia e com valores financeiros fabulosos e isso é o que interessa para o governo e para imprensa.
Fonte: http://www.jornaldamidia.com.br/noticias/2010/03/11/Brasil/Adesao_a_greve_de_professores_de_.shtml
segunda-feira, 15 de março de 2010
DIRETAS JÁ - ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE JÁ
Já em novembro de 1983, o PT iniciou a disputa presidencial: no dia 27 reuniu cerca de 10 mil pessoas em São Paulo e em várias outras cidades num movimento para pressionar o Congresso para a aprovação da emenda do Deputado Dante de Oliveira, que estabelecia as eleições diretas para Presidente. DEUS-SE INICIO ÀS MAIOIRES MANIFESTAÇÕES POPULARES JÁ VISTAS EM TODA A HiSTÓRIA NACIONAL. O movimento pelas eleições diretas cresceu espetacularmente.
As MAIORES manifestações ocorreram em São Paulo, onde em 12 de fevereiro de 1984 reuniram-se 200 MIL PESSOAS, e no Rio de Janeiro, onde realizaram-se duas grandes manifestações: a primeira em 21 de março com 300 mil e a segunda com 1 milhão de pessoas. O movimento se espalhou por todo país. Porto Alegre foi às ruas em 13 de abril com 150 mil manifestantes e Vitória, em 18 de Abril, com 80 mil. São Paulo, um dia antes, já havia feito nova manifestação com 1,7 milhão de pessoas. O movimento ficou conhecido como Diretas-já e teve em Ulysses Guimarães seu mais popular defensor, tanto que ficou conhecido como o "Senhor Diretas" .
A Emenda Dante de Oliveira foi a plenário no dia 25 de abril. 298 deputados votaram a favor, 65 contra e três se abstiveram, mas 112 parlamentares não compareceram para votar, com medo de decepcionar os eleitores votando contra a Emenda. Seriam necessários apenas mais 22 votos para sua aprovação.
Comparando o texto acima com a realidade dos professores em greve todos imaginam desnecessários, porém se analisarmos detalhadamente verá algo em comum, tais como:
- as maiores manifestações já vistas em toda a história nacional. (Se os professores se unirem entrará para a história).
- As maiores manifestações ocorreram em São Paulo com 200 mil pessoas. (Se os professores se unirem poderá chegar em um número maior).
- Dos 575 parlamentares apenas 298 votaram a favor. (Contra os professores existem a maioria dos políticos).
ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE JÁ
domingo, 7 de março de 2010
Respostas para algumas afirmações muito comuns sobre a greve
“Só paro se todos pararem.”
Se você parar, professor, não apenas estará lutando pelo que considera justo, mas também estará ajudando a convencer outros professores a parar.
“Só vou aderir se toda a minha escola aderir”
É difícil greve com 100% de adesão, mas o movimento será tanto mais eficaz quanto mais professores aderirem. Faça a sua parte e ajude a ampliar a adesão à greve, na sua e nas demais escolas de sua cidade/região.
"A greve é política”
Esta afirmação soa estranha, vinda de professores, uma categoria profissional que deve saber que tudo é política.
Paulo Freire dizia que não existe neutralidade na educação. A própria posição de neutralidade é, na verdade, uma posição política diante da realidade.
O temor de que a greve seja “política” pode demonstrar, na verdade, a despolitização da nossa categoria e isto não é bom.
Isto não significa posição partidária ou eleitoral, mas estamos assumindo uma posição diante de um governo que está nos massacrando, que não tem política salarial e está arrebentando com a educação pública no estado de São Paulo.
“Não vou aderir porque vou ter desconto dos dias parados”
É verdade, o desconto pode ocorrer, mas a greve é uma posição de luta em torno de reivindicações justas. Lembre-se da greve de 2000. Houve desconto dos dias parados, mas, hoje, temos a Gratificação de Trabalho Educacional, fruto daquela greve, incorporada ao salário base.O desconto dos dias parados na greve é uma característica de governo autoritário. Por isto, está incluído como um dos pontos da pauta da própria greve o não desconto destes dias."O governo vai convocar eventuais para ministrar as aulas durante a greve”
Não podemos evitar que o governo tome esta providência, mas podemos e devemos apelar à consciência de todos os professores, inclusive eventuais, para que não façam o jogo do governo, pois a vitória da greve beneficiará todos os professores e a escola pública.
“Não tenho certeza se a greve vai dar certo”
Somente com luta podemos obter conquistas. A situação atual está boa? Você, professor, tem materiais didático-pedagógicos para trabalhar? As suas condições de trabalho são adequadas? Você está sendo respeitado e valorizado? Você está contente com o seu salário? Ele lhe permite sobreviver, sendo que um bom salário deve permitir, no mínimo, uma vida digna? Você não acha que tem motivos suficientes para aderir à greve?
AJUDE A FAZER A NOSSA GREVE VITORIOSA
Participe dos comandos de greve. Procure a sua subsede.
Leia com atenção os materiais da APEOESP sobre a greve – visite o site da APEOESP (www.apeoesp.org.br )Converse pacientemente com seus colegas. Não desrespeite os professores que têm dúvidas ou não querem aderir à greve neste momento.
Não tenha receio de afirmar que o governo pode nos dar reajuste salarial. O governo tem dinheiro em caixa. Temos números consistentes que demonstram isto.
Converse com seus alunos, vizinhos parentes. Precisamos do apoio de toda a sociedade.
Ajude a convocar todos os professores para as assembleias e atividades da greve
EIXOS DA GREVE
Por reajuste salarial imediato de 34,3%
Pela incorporação das gratificações e extensão aos aposentados
Por um plano de carreira justo
Pela garantia de emprego
Contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito)
Pela revogação das leis 1093 (provão),1097 (avaliação de mérito)
Pela revogação da lei 1041 (faltas médicas)
Concurso público de caráter classificatório
Contra a municipalização do ensino
Contra reformas que prejudiquem a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio
DIREITO DE GREVE
Artigo 37, inciso VII da Constituição Federal
O Supremo Tribunal Federal afirma que, na ausência de lei específica para o funcionalismo público, vale a lei de greve da iniciativa privada, com pequenas modificações.
Fonte: Apeoesp-blog da presidenta
segunda-feira, 1 de março de 2010
O salário mínimo e o professor
O baixo salário dos docentes é uma questão histórica no país. Basta ver o de outros países da América Latina, como Chile e Argentina, que são maiores", afirma Célio da Cunha, assessor especial da Unesco no Brasil. Para ele, o salário baixo é uma das explicações para a má qualidade do ensino. "Um salário justo motiva os professores."
(valores equivalentes a 200 aulas conforme holerite e SEM as gratificações)
- Em 12 anos o salário mínimo evoluiu 392%, enquanto que o salário do professor evoluiu apenas 149%.
- Em 1998 o professor recebia 7,8 salários mínimos e atualmente (janeiro/2010) recebe 2, 9 salários mínimos.
- Os professores são os universitários mais desvalorizados do Brasil.
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