Vou falar pelos colegas ofas que estão em desespero. Esse desespero é reconhecido, afinal de contas eles estão a muito tempo no magistério, trabalhando com alunos desestruturados e no final do ano todo aquele trabalho se resume em "promoção automática". Imagine você novato cheio de idéias para aplicar um ensino de qualidade, ensino que faça acontecer no Saresp, na Prova Brasil e no Enem, mas se deparam com crianças e jovens cheios de problemas familiares, cheios de problemas sociais e não se esquecendo daqueles que precisam da inclusão. Nesse momento você novato precisa trabalhar o psicológico e o emocional do aluno. E a aula voltada para o Saresp, Prova Brasil e Enem? Eu sei que vai acontecer, mas não com a qualidade que a secretaria da educação teoricamente deseja. Eu não posso reclamar porque trabalho numa região previlegiada, Bairro do Tatuapé, da Capital Paulista. Só que a maioria das escolas públicas ficam nas periférias da Capital e do Interior.
O governo deveria investir no professor dando curso de reciclagem, cursos de capacitação, enfim deixar o professor atualizado. Ignorá-los, deixando numa lista de reprovados é anti-ético é imoral. Se o professor que leciona SÓ NO estado está desatualizado é culpa do governo que não os preparou para as mudanças. Para os que já estão na rede, é preciso dar cursos. Como SP está fazendo isso? Com materiais feitos de uma hora para outra, cheios de erros, e ainda acusando o professor de não saber nada. O professor que trabalha só com escola pública está ficando defasados uma vez que o sistema nos obriga a ensinar o A, B, C da matemática. Muitas vezes não se tem tempo e nem dinheiro de realizar curso de atualização. Na opinião do governo até o aluno de 1º ano de licenciatura sabe mais do que um professor que foi reprovado.Um aluninho ou um recém-formado tem mais chances porque está treinado a "decorar" textos e fórmulas. Outro fato, dar aula é fácil, difícil é adotar o ensino aprendizagem na turbulência da escola pública.Só quem está dentro é que sabe a realidade. Nosso governo não tem coerência nas decisões que tomam.
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