sábado, 28 de julho de 2012

Hepatite C


Entenda a Hepatite C




Hepatite C é uma infecção no fígado causada por um vírus. Como na maioria dos casos ela não tem cura, apenas controle, ao longo do tempo pode levar a danos permanentes no fígado como cirrose, câncer ou até mesmo o comprometimento total do órgão. Muitas pessoas convivem anos com este vírus sem saber que estão contaminadas. Isto é muito perigoso, pois elas só acabam percebendo que estão doentes depois que o fígado já está com danos graves. Em alguns casos, o doente pode ter a doença por pouco tempo e logo se restabelecer, é a chamada hepatite aguda. A maioria das pessoas infectadas pelo VHC, no entanto, fica com ele por um longo tempo, de forma crônica.  
Apesar de ser uma doença grave, é possível viver com ela sem grandes alterações no seu dia-a-dia. Hoje, existem 200 milhões de pessoas infectadas por este vírus no mundo. No Brasil, esse número é de aproximadamente 3,2 milhões.
Sintomas Assim como na hepatite B, a C também aparece de duas formas. A aguda, que diz respeito à infecção que logo que o vírus se instala no seu corpo já aparece, e a crônica, na qual o paciente já está com o

vírus há pelo menos seis meses. A maioria das pessoas que tem hepatite C, no entanto, é contaminada pelo tipo crônico. Como muitas não apresentam sintomas, é muito comum que  tenham a doença por 15, 20 anos sem que saibam. Muitas pessoas acabam diagnosticando a doença de forma acidental, em um exame de rotina, ou no momento em que vão doar sangue.

Os sintomas podem ser:
Cansaço extremo 
Dor nas articulações 
Dor de estômago 
Coceira 
Dores musculares 
Urina escura 
Icterícia (pele e olhos amarelados) 

A hepatite C lesiona o fígado bem vagarosamente. Cerca de 25% das pessoas com hepatite C crônica desenvolvem danos graves neste órgão como cirrose. Se você desenvolver esta doença, pode ter os seguintes sintomas: 

Avermelhamento das palmas das mãos, uma vez que os vasos sanguíneos ficam dilatados 
Pequenos vasos sanguíneos marcados na pele. São similares a pequenas teias de vasinhos vermelhos e geralmente aparecem no peito, nos ombros e no rosto 
Inchaço no estômago, pernas e pés 
Danos no cérebro e no sistema nervoso, fenômeno que é chamado de encefalopatia. Isto pode ocasionar confusão mental e distúrbios de memória e concentração.

DiagnósticoO mais comum é que as pessoas descubram que estão infectadas pelo vírus sem querer, ao fazer um exame de sangue em um check-up de rotina ou ao doar sangue. O exame vai mostrar um nível alto de enzimas produzidas pelo fígado no sangue e se você tem ou não os anticorpos contra o vírus da hepatite C. Se o exame der positivo e você estiver com a doença, é provável que seu médico lhe peça para fazer uma biópsia do fígado para checar se há algum dano e cicatrizes nele. Na biópsia, o médico vai inserir uma agulha entre suas costelas para coletar uma pequena amostra de tecido do órgão para análise.  

Tratamento
A decisão de tratar a doença com medicamentos anti-virais deve ser tomada em conjunto com seu médico. São tratamentos longos, penosos e bastante caros. Não são capazes de curar a doença, mas sim de controlá-la. Se a lesão no fígado estiver em estágio inicial, é provável que você não precise tomar remédios. Muitas pessoas com hepatite C não percebem mudanças em sua saúde nem apresentam sintomas. Outras se sentem extremamente cansadas e depressivas. Uma boa saída para se sentir melhor e conviver com a doença é se escolher uma atividade física que lhe dê prazer, ter uma boa alimentação, evitar o consumo de álcool e, logicamente, de drogas ilegais. 

O que acontece no seu corpo
Logo após ter sido infectado pelo vírus, a pessoa entra no período agudo da doença. Algumas pessoas ficam permanentemente lutando contra a doença, ou seja, seus anticorpos combatem o vírus da hepatite C e evitam problemas no fígado. A grande maioria dos infectados (cerca de 85%), porém, acaba desenvolvendo a hepatite C crônica. Esta infecção duradoura pode causar pequenas cicatrizes no fígado. Com o passar dos anos, o número de cicatrizes aumenta e acaba por comprometer o funcionamento do órgão. Por conta disso, cerca de 25% das pessoas com hepatite C crônica acabam desenvolvendo problemas mais sérios como cirrose e câncer no fígado. Este processo, no entanto, demora cerca de 20 anos para acontecer. 

Fase aguda
A grande maioria das pessoas não tem qualquer sintoma assim que são infectadas pelo vírus. Por isso, muitas também ficam sem saber que estão doentes. Como a hepatite C não apresenta nenhum sintoma muito específico ou singular, se você se sentir cansado, com dores musculares e nas juntas, por exemplo, seu médico pode achar que você está simplesmente gripado. Mas se você estiver com icterícia, que é o amarelamento da pele e de algumas mucosas do corpo, será mais fácil o médico desconfiar e pedir um exame de sangue para saber se você tem ou não o vírus da hepatite, seja ele do tipo A, B ou C. 

Fase crônicaSe a infecção no fígado persistir por pelo menos seis meses, você já terá entrado na fase crônica da doença. Se você tiver a infecção crônica, é muito provável que seu fígado esteja inflamado. Esta infecção pode durar muitos anos ou então nunca ir embora. Algumas pessoas com hepatite C desenvolvem sérios problemas no fígado, outras não. 

ContágioDiferentemente do vírus da gripe, por exemplo, não é possível pegar hepatite C por meio do contato casual como abraços, beijos, tosse, espirros ou pelo uso compartilhado de talheres, toalhas e outros objetos pessoais. Você poderá contrair a doença se seu sangue entrar em contato com o sangue de alguém que esteja contaminado pelo vírus. A forma mais comum de pegar esta doença é através do compartilhamento de agulhas ou outros equipamentos utilizados para o uso de drogas injetáveis. Se você é um usuário de drogas, o melhor é que deixe o vício. 

Mas, se não o fizer, nunca divida agulhas e outros objetos usados para injetar com amigos e parceiros. A transfusão de sangue e as cirurgias de transplante de órgãos também eram formas de contágio. No entanto, há mais de quinze anos, o sangue de todos os doadores é analisado e testado contra a hepatite C. Em alguns casos bastante raros, se a mãe for portadora do VHC, poderá transmiti-lo a seu bebê no momento do parto. 

Hepatite C é uma doença sexualmente transmissível?Especialistas ainda não têm 100% de certeza sobre este assunto, mas o que se sabe é que, se há algum risco de contrair a hepatite C via ato sexual, ele é bastante pequeno. Se você mora ou tem contato com alguém que tem hepatite C, não se preocupe. Como foi dito anteriormente, não é possível contrair a doença apenas através do contato sexual. Você deve, porém, evitar o compartilhamento de objetos cortantes ou que possam entrar em contato com o sangue da pessoa contaminada pela doença, como barbeadores, navalhas, escovas de dente, cortadores de unha e alicates. 

Contágio e período de incubaçãoO período de incubação é o tempo que a doença leva para manifestar os primeiros sintomas, após o vírus entrar no seu corpo. . Ele pode variar de duas semanas a seis meses, lembrando que muitas pessoas não apresentam sintomas. 

O que aumenta o risco de contrair hepatite C? 
Compartilhar agulhas e outros utensílios usados para injetar drogas 
Fazer piercings ou tratamento de acupuntura com agulhas que não tenham sido esterilizadas (risco de contrair hepatite C desta forma é pequeno) 
Trabalhar em uma clínica de saúde, hospital ou laboratório no qual você esteja exposto a sangue contaminado ou onde você pode se picar com uma agulha já usada. Se você seguir os procedimentos de segurança adequados, o risco de contaminação será muito pequeno 

PrevençãoAté o momento não há vacina que previna contra a hepatite C. O que se pode fazer é reduzir o risco de contrair a doença. 
Não compartilhe agulhas no uso de drogas injetáveis
Se você trabalha em um hospital, laboratório ou centro de saúde, siga as regras de segurança, usando luvas e roupas apropriadas 
Se for fazer uma tatuagem ou colocar um piercing, certifique-se de que o local utiliza instrumentos apropriadamente esterilizados. O mesmo cuidado deve ser tomado no caso de acupuntura 

Se você já estiver contraído a doença, pode evitar transmiti-la a outras pessoas: 
Não deixe que cortes ou feridas fiquem expostos, uma vez que o sangue contido neles pode transmitir o vírus. Curativos e algodões que contenham sangue também deve ser jogados no lixo 
Não doe sangue nem esperma. Pode ser que você possa doar órgãos para outras pessoas também portadoras do VHC 
Não compartilhe objetos de uso pessoal que possam entrar em contato com o seu sangue como escovas de dente, barbeadores, navalhas, cortadores de unha, alicates, etc 

Se você é mãe e está amamentando, não se preocupe. Mesmo com hepatite C você pode e deve continuar a dar o peito a seu filho, já que o vírus não se espalha desta forma. É preciso, no entanto, tomar cuidado com os mamilos para evitar que eles fiquem ressecados e sangrem. 

Procure um médico com urgência se: 
Se sentir extremamente confuso ou tiver alucinações
Apresentar sangramento nas fezes ou vomitar sangue Se você desconfia que está com algum dos sintomas da hepatite C, mas que eles ainda são leves, procure seu médico de confiança. 

Complicações 

Hepatite C e câncer no fígado
A hepatite C é uma infecção que também está associada ao desenvolvimento de câncer no fígado. Assim como no caso da hepatite B, grande parte dos pacientes acaba desenvolvendo cirrose (pequenas ranhuras no órgão que comprometem seu bom funcionamento). Segundo estudos médicos, o câncer costuma aparecer cerca de 28 anos após o organismo ter sido infectado pelo vírus. Antes, no entanto, o normal é que os pacientes apresentem cirrose. Os médicos ainda não conseguiram compreender de que forma a hepatite C pode levar ao câncer no fígado.

Ao contrário do que acontece na hepatite B, o VHC não invade diretamente o material genético das células do fígado. O que se sabe, através de estudos, é que quem tem cirrose, tem mais chances de ter um câncer no fígado. E a cirrose, por sua vez, é uma doença comum nos portadores da hepatite C. Em contrapartida, há pacientes com hepatite C crônica que não desenvolvem cirrose e, mesmo assim, têm câncer. 

ExamesComo dito anteriormente, você pode descobrir que está com hepatite C quando doar sangue ou fizer um exame de rotina. Mas, se não for desta forma e seu médico desconfiar que você tem esta doença, vai pedir um exame de sangue que cheque a presença de anticorpos ao vírus da hepatite C e nível de enzimas no sangue. Se ficar comprovado que você tem os anticorpos, será necessário analisar o material genético deles. Enquanto a presença de anticorpos indica que você foi exposto ao vírus, o teste genético vai mostrar se o paciente está ou não infectado. Em caso de resultado positivo, é provável que o médico lhe peça para fazer uma biópsia do fígado. Este exame mostrará como está o órgão, se foi muito danificado e se já apresenta cirrose. 
O médico também pode requisitar exames de imagem: 

Ultra-som abdominal 
Tomografia computadorizada 

Se existir o risco de câncer de fígado, será necessário um exame para checar a presença de alfa fetoproteina. Se o nível desta substância for elevado, pode indicar que as células são cancerígenas. Também pode ser pedido um exame de sangue para determinar qual tipo de vírus da hepatite C você tem, uma vez que há um tratamento específico para cada genótipo. 

Diagnóstico precoce 
Mesmo que você não tenha qualquer sintoma da doença, deve fazer o exame se: 

Recebeu doação de sangue de alguém que tinha o vírus 
Alguma vez compartilhou agulhas para o uso de drogas, mesmo que isso tenha ocorrido há muitos anos Trabalha na área da saúde e esteve exposto a agulhas ou equipamentos com sangue de pessoas contaminadas pelo VHC 
Teve relações sexuais com alguém portador da doença 
Tem insuficiência renal e faz hemodiálise
Recebeu sangue ou algum órgão antes de 1992, ano em que todos os doadores passaram a ter seu sangue testado para esta doença de forma mais acurada antes da doação 

Desta forma, você evita descobrir a doença só após anos do contágio, o que minimiza as chances de desenvolver problemas mais sérios no fígado, como câncer. 
Tratamento
Saber que está contaminado pela hepatite C pode mudar sua vida. Como na maior parte dos casos ela se torna uma doença crônica e grave, você precisará conviver com ela por muitos anos. Isso pode fazer com que você fique deprimido e com receio do que outras pessoas vão pensar sobre sua doença. O ideal é que você busque apoio dos seus familiares, das pessoas que gosta e do seu médico de confiança.

Pode ser que você se interesse também por participar de grupos de portadores de hepatite C. Procure na internet algum ou peça a conhecidos que indiquem um grupo para você. Pode ser também que o médico não lhe receite nenhum tipo de tratamento. Tudo vai depender de quanto tempo você já está com a doença, qual o estado do seu fígado e quais suas condições gerais de saúde.

Os tratamentos existentes hoje não são totalmente eficazes, possuem efeitos colaterais significativos e são caros. Ainda assim, o médico pode lhe recomendar remédios anti-virais.Eles são similares a proteínas produzidas pelo próprio corpo que têm a função de lutar com infecções. A duração do tratamento vai depender do genótipo de hepatite C que contaminou seu corpo. O tratamento do genótipo 1 geralmente dura cerca de um ano, já os genótipos 2 e 3 são tratados por cerca de seis meses. Se o seu fígado não reagir e não mostrar melhoras em um período de três meses, o tratamento poderá ser interrompido.

O tratamento combinado de interferon e ribavirina tem sucesso em 50% dos casos de hepatite C crônica. Em alguns casos pode haver a cura, em outros, apenas o controle da doença. Nos genótipos 2 e 3, a chance de cura é maior e sobe para 80%. É preciso estar atento aos efeitos colaterais destas medicações. Elas podem causar um cansaço extremo, febre, dores de cabeça, náusea, depressão e também problemas na tireóide. Os remédios não são recomendáveis se você:

Bebe álcool ou usa drogas
Tem cirrose em estágio avançado
Sofre de depressão ou de outros problemas psiquiátricos
Está grávida ou pretende engravidar em breve
Tem alguma doença auto-imune como artrite reumatóide, psoríase ou lúpus ou então diabetes, problemas cardíacos

Tratamentos para casos mais graves
Se os tratamentos não funcionarem e a hepatite C continuar comprometendo o funcionamento do seu fígado, poderá haver a parada completa do órgão. Neste caso, a solução é realizar um transplante de fígado. Este, porém, não é um procedimento fácil de ser realizado.

Tratamento em casaVocê pode ter hepatite C e não notar nenhuma mudança na sua saúde. Muitas pessoas, no entanto, sentem-se cansadas e ficam depressivas. Para aplacar estes sintomas e levar uma vida mais leve e agradável, você pode seguir alguns conselhos:

Hidrate-seÉ essencial manter o corpo hidratado, principalmente se você sentir náuseas e vomitar. Beba muita água. Se gostar, tome também água de coco, uma bebida natural com alto poder de hidratação. Sucos de frutas e isotônicos (bebidas para esportistas que repõem perdas de sais minerais) também são recomendados.

Exercite-seExercitar-se é fundamental. Procure uma atividade que lhe dê prazer, pode ser ginástica, dança ou qualquer outro tipo de esporte. Os exercícios aeróbios são bastante recomendados, uma vez que eles liberam substâncias estimulantes na corrente sanguínea. Elas vão ajudar no combate à depressão.

Alimente-se bem Coma em horários regulares e faça refeições nutritivas. É possível que você perca o apetite e tenha enjôos. Mas precisa se esforçar e comer bem. O ideal é fazer pequenas refeições ao longo do dia. Aproveita o período da manhã, quando os pacientes costumam se sentir melhor, para realizar uma refeição mais farta, com frutas, cereais e outros alimentos saudáveis. Se você tiver cirrose, fuja dos alimentos muito salgados e que contenham muita proteína, como peixes.

Fuja do álcool e das drogas Não usar drogas e restringir o consumo de álcool são atitudes que devem permear a vida de toda pessoa, não apenas dos portadores de hepatite C. As pessoas que estão contaminadas com este vírus, no entanto, devem ficar ainda mais longe destas substâncias. O álcool sobrecarrega as atividades do fígado e aumenta o dano causado pela hepatite. Se você bebe ou usa drogas, não tape o sol com a peneira. Converse com seu médico e peça a ele que lhe ajude a deixar estes vícios para trás.

Não se automediqueMesmo remédios naturais podem sobrecarregar as funções do fígado, por isso é essencial perguntar primeiro ao seu médico se você pode ou não tomar a medicação.

Tente não se coçarÀs vezes a hepatite pode causar uma forte coceira pelo corpo. Como se coçar não ameniza a coceira e pode, inclusive, causar lesões na sua pele, segure-se e não se coce! Se a coceira estiver muito forte, seu médico lhe indicará um remédio. Os mais indicados são os quelantes de sais biliares, dentre eles, a colestiramina.

Cuidado com a depressão
A depressão é uma doença que pode aparecer em todos os pacientes que possuem alguma doença crônica, como a hepatite. Ela também pode ser um efeito colateral causado pelos medicamentos anti-virais. Se você está se sentindo desanimado e depressivo, converse com seu médico e peça conselhos a respeito. Pode ser que terapia ou anti-depressivos lhe ajudem a se sentir melhor e mais bem disposto.

Saiba tudo sobre a doençaLeia e aprenda mais sobre a doença, isso vai ajudá-lo a entender melhor o que ela causa no seu corpo e a ter mais controle sobre ele. Quanto mais você compreender o que acontece com seu corpo e como o tratamento age, você ficará mais seguro para tomar decisões e mudar seu estilo de vida.


Cirurgia
A hepatite C crônica pode causar danos muito graves no fígado, que levam ao comprometimento das funções do órgão. Se este for o seu caso, é bem provável que você precise de um transplante de fígado. Este tipo de cirurgia não é fácil de ser realizada e de ter sucesso, uma vez que pode haver rejeição ao novo órgão. O transplante é bastante caro, envolve risco de morte e não é fácil achar um doador. Além disso, apesar de ter hepatite C, é preciso estar com a saúde em dia.

Você deve ter uma vida saudável, sem álcool e drogas. Doenças psicológicas também podem ser impeditivas para a realização do transplante. A partir do momento que você tem um fígado transplantado, precisará sempre de acompanhamento médico de um especialista. Também será necessário tomar medicamentos específicos que evitam que seu corpo rejeite o novo órgão. Outro problema é que o vírus da hepatite C quase sempre infecta o novo órgão, ainda assim, muitos pacientes conseguem levar uma vida normal e mais agradável após o transplante.

Vivendo com a hepatite CSe você acaba de saber que tem hepatite C, deve ficar atento a duas coisas: você vai conviver durante muitos anos com a doença, então é preciso fazer com que sua vida seja a melhor possível mesmo com ela. Siga os conselhos sobre alimentação, descanso e tratamentos médicos. Além disso, não se isole de amigos e familiares. Ao contrário, busque ajuda e conforto nas pessoas em que confia.

Você também deve procurar um médico por quem tenha empatia e também confiança para lhe auxiliar. Ele vai lhe explicar em detalhes o que é a doença, o que ela causa no seu organismo peça, inclusive, para ele lhe mostrar fotos e figuras do corpo humano, caso lhe interesse. Busque aprender mais sobre a doença. A internet pode ser um bom meio, mas tome cuidado. Assim como em qualquer área do conhecimento, há informações pouco confiáveis na rede, já que qualquer um pode prover conteúdo. A internet, por outro lado, pode ser a melhor forma de encontrar outras pessoas que também sofrem com a hepatite C.

Nos grupos de pacientes, você pode conversar com quem já convive com a doença há mais tempo e saber como a pessoa enfrentou os problemas pelos quais você está começando a passar. Seu médico também pode indicar grupos de apoio.

Converse com seus amigos e familiares
É comum que você fique ansioso e com medo de como as outras pessoas irão reagir a sua doença. A verdade é que a hepatite C é uma doença que infecta todo tipo de pessoa, independente do nível social, cor da pele ou idade. Hoje, no Brasil, calcula-se que há nada menos do que dois milhões de pessoas infectadas por este vírus. Além disso, ela não é tão facilmente transmissível.

O contato social e coisas como tosse, espirro e beijo não transmitem a doença. Isso ajuda, na medida em que as pessoas sabem que não precisam se afastar de você para evitar o contágio. Ainda assim, há muito desconhecimento sobre a doença, o que leva a informações erradas e ao preconceito. Aproveite para explicar às pessoas que convivem com você o que é a doença, como ela é transmitida e mostre que é possível levar uma vida normal mesmo tendo hepatite C. Diga que ela é uma doença com a qual se pode conviver por anos a fio e que as chances de transmiti-la para um familiares são bastante pequenas.

Converse com seu parceiro
Como esta doença é sexualmente transmissível, você precisa compartilhá-la com seu namorado, marido ou parceiro. Os riscos de se contrai a doença através do sexo é pequeno. Ainda assim, é essencial que você use preservativo em todas as relações sexuais. Se você tem a hepatite C há muitos anos, o risco de contaminar seu parceiro via sexo é tão pequeno que seu médico pode até lhe dizer que o preservativo não é necessário. Mas isso só é válido para quem tem apenas um parceiro. Se você tiver múltiplos parceiros, continue usando camisinha.
Fonte: http://www.minhavida.com.br

Estudar ou Não estudar – eis a questão!





Muitos de meus alunos e mesmos meus colegas de profissão me questionam, quanto ao desenvolvimento do hábito de estudar. Principalmente quando sou flagrado nessa afronta inacreditável de estudar todos os dias, seja preparando minhas aulas ou aprendendo algo novo.
Estudar é um conceito chave e caracteriza o ato mais frutífero no processo de ensino-aprendizagem. Quando alguém está estudando, está criando uma oportunidade de aprender. Está hierarquizando procedimentos que proporcionam os elementos essenciais para a construção do conhecimento. O estudar e o aprender estão intimamente relacionados.
Daí o óbvio que muitos querem ignorar:
Para realmente aprender é preciso estudar.
É imperativo que tanto estudantes e professores, sejam capazes de construir ambientes de aprendizagem. Em síntese um ambiente que proporciona as condições mais favoráveis para o estudo, o que não se resume obviamente na concepção de modelos puramente instrucionais, onde a informação é simplesmente disponibilizada com certo didatismo, em via única, indo do instrutor ao aprendiz. Supondo-se na maioria das vezes que este último seja tábula rasa. Um mero recipiente a ser preenchido.
Do ponto de vista filosófico, um ambiente de aprendizagem deve ser antes de tudo um ambiente de estudo dentro de um mundo de instrução capaz de envolver a atividade hermenêutica de construir interpretações.
Em outras palavras a informação só pode ser útil, se dela, se obtém a capacidade de elaborar uma nova concepção da própria realidade. A descoberta deste saber que se tornará alavanca da evolução individual e possibilitará a sua nova leitura de mundo.
Consistente com estes argumentos filosóficos, por exemplo, o estudo de determinada lei natural, não deve limitar-se à simples memorização do enunciado da lei, ou ao estabelecimento de algoritmos de aplicações de sua formalização matemática.
Estudar, em seu pressuposto hermenêutico, caracteriza um conjunto de operações mentais, que possibilitem a formulação de hipóteses, a modelagem de ensaios, o exame dessas hipóteses e a construção de interpretações e previsões de resultados, como reflexo desse modelo, dentro de um determinado contexto prático.
Do aprendizado desse novo conteúdo, o aprendiz terá evoluído o seu discurso, sua forma de pensar e evidentemente sua conduta no mundo do fazer. Nesse ponto o processo ensino-aprendizagem torna-se, a meu ver, algo mais abrangente que denominamos “educação”.
Aliás, é justamente esse elemento de contextualização, que apresenta um papel preponderante, como elemento que desperta a atenção, na construção de um aprendizado pleno de significado que prepara o indivíduo para o mundo e o torna efetivo. O torna cidadão.
O modelo deve ser projetado para ajudar o aprendiz a construir um conhecimento útil em lugar de informação inerte, que simplesmente ilustra.
Deve ser dada ênfase num determinado enfoque que gere interesse e permita que o aprendiz se identifique com o problema e passe a prestar atenção à sua própria percepção e na forma que se dá a construção dessa compreensão e da solução do problema.
Assim o aprendiz, hierarquizado a estudante, pode ser apresentado à informação pertinente a essas percepções, de forma que seu aprendizado seja efetivo e possibilite, a posteriori, aplicar analogamente esse know how desenvolvido na construção de soluções para novos problemas, tornando-se autônomo.
A meta principal de um ambiente de aprendizado é possibilitar ao estudante a percepção das características críticas da situação problema, experimentar as mudanças em sua percepção e entender como se pode analisar a situação por pontos de vistas inovadores.
Porém, a questão determinadora, que tange a meta principal, até no pressuposto de torná-la viável ou não, seria a que se resume no “como” se deve projetar um ambiente de aprendizagem? Ou, em outras palavras, quais são os atributos essenciais que caracterizam um ambiente de estudo?
Do ponto de vista do educador, se inicia simplesmente pelo ato de encantar. De mostrar que o universo a ser aprendido é a cada dia um brinquedo novo.
Do ponto de vista do educando, se inicia com a sua coragem. Coragem de aceitar desafios. De colocar o seu esforço como prioridade. Descobrindo que existem brinquedos muito trabalhosos e que nem por isso deixam de ser divertidos.
Quando o educando aceita a sua parte na responsabilidade de aprender e tornar-se parte da solução ele naturalmente se transforma em educador. Primeiro de si mesmo. E a posteriori dos demais.
O êxito do aprendiz é quando naturalmente ele se transforma também em professor.
O êxito do professor é quando ele descobre humildemente que nunca deixará de ser aprendiz – pois existem neste mundo muitas coisas a se conhecer – e neste ponto ele transcende sua condição de instrutor e se transforma em educador. Estudando sempre e inspirando seus alunos com suas ações a estudarem com alegria e aprenderem com prazer:
Pois, nas palavras do poeta inglês William Yeats:
“Educar não é encher um cântaro, mas sim, acender uma chama”.

Apnéia do sono aumenta o risco de morte para 46%

Apnéia do sono aumenta o risco de morte para 46%


Segundo pesquisadores dos Estados Unidos, aapnéia do sono severa pode aumentar o risco de morte em 46%. Porém, pessoas com problemas brandos de sono e respiração não estão inclusas nesse percentual.
Naresh Punjabi da Universidade John Hopkins e seus colegas, descobriram que pessoas com dificuldades severas de respiração durante o sono estão mais propensas a morrer de causas variadas do que pessoas sem distúrbios do sono. Os riscos são mais óbvios em homens com idade de 40 a 70 anos.
apnéia do sono é causada por um colapso das vias aéreas superiores durante o sono. O ronco mais forte pode ser um sintoma, mas o que torna a apnéia diferente são as curtas interrupções na respiração. A apnéia também é ligada a obesidade, pressão alta do sangue, parada cardíaca e derrame.
O grupo de Punjabi estudou 6.400 homens e mulheres durante 8 anos em média. Eles relataram na revista Public Library of Science que, pessoas que começaram com umaapnéia de sono maior têm 46% a mais chance de morrer de qualquer causa em comparação a homens da mesma idade.
Homens na faixa de 40 a 70 anos com distúrbio severo do sono e respiração têm o dobro de chances de morrer de qualquer causa do que homens saudáveis na mesma idade. “Entre os homens 42.9% não tinham distúrbio de sono e respiração, 33.2% tinham uma doença branda, 15.7% doença moderada e 8.2% tinham a doença severa”, explicaram. Já as mulheres tinham cerca de 25% de apnéia branda, 8% moderada e 3% tinham desordem severa na respiração.
De acordo com o médico David Rapoport da Universidade de New York, o melhor tratamento para apnéia do sono é perder peso. E o tratamento mais bem sucedido pode ser o CPAP nasal (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) que por meio de uma máscara nasal que faz pressão, ajuda que as vias aéreas a se manterem abertas durante o sono. “Outro possível tratamento é a cirurgia. Inclui a retirada da amídala”, finaliza.[Reuters]